Ontem, dia 22/06, pela primeira vez desde que a greve começou, uma comissão foi recebida pelo secretário de Educação, Wilson Risolia, e pelo Secretário de Planejamento, Sérgio Ruy, o "homem do baú" de Cabral.
Por volta das 17h, uma comissão do SEPE entrou no prédio para iniciar a negociação, sem a presença de alguns parlamentares sensíveis à causa, que foram barrados.
Em meio às balelas numéricas apresentadas pelos secretários, desde nosso salário até um suposto e contraditoriamente risível percentual de paralisação, era visível a diferença nos semblantes dos particpantes da reunião. Enquanto Sérgio Ruy mantinha o ar de deboche usual, com seus números maninupuladamente expostos sobre a mesa, o secretário Risolia, mostrava um semblante diferente. Mais cedo ele estivera em Resende, na qual temos um dos maiores percentuais de paralisação no estado - chega quase a 90% - sendo também recebido por professores de municípios vizinhos que o esperavam na porta do Colégio Olavo Bilac. De acordo com o professor Oséas, nossos companheiros "deram uma escovada" em Risolia na reunião, que não passava de mais uma tentativa desesperada de desmobilizar o movimento. De volta ao Rio, um pouco mais tarde, ele apresentava dados forjados que davam conta de que a situação estava diferente lá.
Constatamos ontem, visualmente, o que todos nós já sabíamos: a greve é grande e forte, e o governo tem MEDO de nós, tanto que o secretário de Educação quase implorou para que não boicotássemos o Saerjinho. - Coitado!
Companheiros, as notícias são boas e some-se a isso as notícis de primeira página de ontem de que o governador tem laços estreitos com um doleiro que já esteve preso por fraude e que viajava num jato de Eike Batista para a Bahia. É, o Cabral não anda muito bem de amizades, não é?!
Conseguimos arrancar ontem na reunião:
- Normalização dos processos de enquadramento dos anos de 2009 e 2010, o que zera os passivos;
- Normalização dos contra-cheques dos professores de 40h - a questão dos "x" no contra-cheque;
- Plano de carreira dos funcionários administrativos (o governo reconheceu que era vitória nossa de 2009);
- Concurso para administrativo do Estado, que ficarão lotados nas escolas, no segundo semestre deste ano;
Wilson Risolia continua alegando que é preciso esperar o fechamento da arrecadação no primeiro semestre para discutir o reajuste. Nós dizemos que não. O reajuste pode ser dado agora, assim como a incorporação do Nova Escola. Temos provado isso. O estado tem dinheiro, que está indo para a mão das empreiteiras. O Estado não tem é vontade de melhorar a educação pública.
O dia de luta ontem terminou com panfletagem e Ato-show na Praça XV.
Companheiros, avançamos um pouco, mas a luta é grande, e podemos claramente vencer. A vitória só depende de nós. O secretário já começa a dar sinais de desgaste. Pra cima deles! Angra está bom, mas é possível melhorar! Vamos aderir! Vamos mobilizar! Vamos às ruas!
Lembrando que vamos concentrar nossas forças no dia 28/06, no qual o Tribunal de Justiça julgará a legalidade da greve (a assembleia no Rio será 29/06).A juíza é a mesma que deu parecer favorável nas greves de São Gonçalo e Caxias, e está sensível à causa. Julgará não somente isso, mas também se as reivindicações são justas e se o governo pode atendê-las. O quadro é muito favorável!
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