terça-feira, 22 de junho de 2010

SOMOS DO SEPE E ESTAMOS EM ANGRA!!!!!!

Há tempos nos chega as demandas do trabalhadores da educação da rede municipal de Angra dos Reis, e na medida do possível procuramos dar-lhes encaminhamento. A respeito dessas demandas é uma reclamação recorrente, por parte de nossa categoria, que quando essas são levadas a outro sindicato, elas se perdem em nome de preocupações mais gerais que sempre deixam de lado questões específicas do magistério.


Não queremos de nenhuma forma dividir os servidores do município, mas é também nossa razão de existir, unificar as lutas dos trabalhadores da educação de Angra dos Reis às lutas e mobilizações de outros trabalhadores da educação em outros municípios e da rede estadual de educação. As políticas educacionais dos estados e municípios em tempos neoliberais costumam se confundir, com prejuízo a nosso trabalho e a nossos direitos, e precisamos dar enfrentamento de forma unitária a isso.

O SEPE nos seus trinta e três anos de existências sempre teve essa preocupação, e recentemente, para quem se preocupa com uma base legal para tudo, recebeu do ministério do trabalho sua Carta Sindical, onde lê-se que nosso sindicato representa a categoria dos professores, funcionários administrativos, orientadores e supervisores, ativos e aposentados, das redes públicas de educação do estado e dos municípios do Estado do Rio de Janeiro, então chamamos para nossa responsabilidade a tarefa de organizar os profissionais da educação do Município de Angra dos Reis além dos profissionais da rede estadual.

É um de nossos princípios desde a fundação de nossa entidade a defesa do pluralismo sindical, quem achar que está representado pelo sindicato dos servidores municipais que continuem organizados lá, mas quem sentir a necessidade de discutir e lutar para sanar os problemas mais gerais à partir dos problemas específicos da Educação, será bem-vindo ao SEPE núcleo de Angra dos Reis, para que juntos sejamos parte do movimento em defesa da educação pública de qualidade, com respeito e garantias aos trabalhadores da educação.

Temos, entretanto, algumas diferenças com a maioria dos sindicatos; uma delas é a nossa rejeição ao Imposto Sindical. Velho mecanismo dos tempos de Vargas para que o sindicalismo seja de Estado e não dos trabalhadores. O imposto sindical tem a intenção de fazer com que os sindicatos existam sem ter filiados uma vez que os dirigentes sindicais não mais precisam filiar ninguém para ter suporte financeiro para suas entidades. O Imposto é compulsório. Assim, os diretores do sindicato, não vão às bases mobilizar. Getúlio Vargas pretendia com isso afastar as lideranças sindicais dos trabalhadores, que estavam mobilizados e em luta no período anterior ao golpe do Estado Novo. Cria-se assim a figura do “pelego” e seus sindicatos usam seus recursos para assistencialismo, não discutindo e nem se mobilizando para que os problemas que afligem à classe trabalhadora sejam sanados. No nosso sindicato pedimos apenas a contribuição de 1% do salário bruto por mês de cada um que fizer a opção de se filiar, para manter nossa sede e estrutura.

No SEPE também não existe a figura do presidente, e sim de coordenadores que ocupam esse cargo à partir dos votos obtidos na eleição. Todas as chapas assumem à direção desde que obtenham 20% dos votos. Assim exercitamos o convívio com as diferenças. Nenhum desses diretores recebem pró-labore nem nenhum tipo de benefício financeiro para estar nesse cargo.Aqui no nosso núcleo em Angra a direção não tem se quer, atualmente, licença sindical, somos todos profissionais da educação que dividem seu tempo com o trabalho na escola, com a família e com a prática sindical. Três desses diretores, inclusive são da rede municipal de educação de Angra dentre os quais um pertence apenas a rede municipal.

Para finalizar poderíamos dizer que são os trabalhadores da educação reunidos em congresso, assembleia e conselho deliberativo que decidem o que a direção deve fazer. Esperamos que os educadores que vierem se filiar a nosso sindicato, venham muito mais na intenção de usar sua estrutura para se fazer representar do que para fazer com que outras pessoas resolvam seus problemas...acreditamos que a mobilização, a participação e a luta pela educação pública de qualidade e pelos interesses dos seus trabalhadores é mais fundamental do que qualquer pretensão de fazer com que outra pessoa nos represente!!!!!

VAMOS DECIDIR JUNTOS OS PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO NO NOSSO MUNICÍPIO!!!!!!

TODOS À ASSEMBLEIA AMANHÃ – 23/06/2010. 18:30H - COLÉGIO ESTADUAL NAZIRA SALOMÃO.
por Eduardo Bezerra.

3 comentários:

  1. Leia artigo sobre os 20 anos de movimento sindical no serviço público municipal do Estado do Ceará e suas conseqüências no campo político, econômico, social e sindical. Presente, passado e futuro. Leia, comente e divulgue. Acessar em: www.valdecyalves.blogspot.com

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  2. Se a intenção da indicação do blog, pelo comentário acima, foi tentar "levantar a bola" dos sindicatos municipais...na minha opinião isso foi redundante. É INQUESTIONÁVEL A IMPORTÂNCIA DOS SINDICATOS MUNICIPAIS, é melhor qualquer forma de organização dos trabalhadores do que organização alguma.Como já dizia um velho militante anarquista de nome Enrico Malatesta ou você se organiza entre trabalhadores ou será organizado pelos patrões.
    Porém lendo a notícia de baixo, do mesmo blog, vemos a atuação da SINDIUTE do Ceará na REDE MUNICIPAL de Fortaleza, onde segundo o texto "Mas o Município elegeu como inimigo o SINDIUTE e a GREVE, esta efeito dos males verdadeiros, a infecção que piorará. Ainda resolveu escolher o sindicato que representará a categoria: A APEOC, que geralmente tem uma posição dócil, que coloca sempre à frente o interesse da entidade sindical não da categoria que diz representar. Diferentemente do SINDIUTE QUE É UMA ESCOLA DE LUTA."

    É isso que ocorre na maioria dos municípios fluminense,tem sido o SEPE a encaminhar a luta dos trabalhadores da educação, enquanto os sindicatos municipais são os preferidos para a negociação dos governos por terem essa mesma atuação dócil, na maioria das vezes são cartoriais (existem só no cartório e na hora de recolher imposto sindical, mas na hora da luta fecham com os governos).Não digo contudo que isso ocorre em todos os municípios mas na esmagadora maioria deles.

    Se em algum dia a prioridade da maioria dos sindicatos municipais for a luta, a mobilização, a organização dos trabalhadores das redes municipais em prol dos interesses dos próprios trabalhadores... temos a certeza de que o SEPE estará também nessa luta e aí coitado dos prefeitos pois será dois contra um.

    Obs: O SEPE não precisou de nenhuma lei para existir. No tempo da ditadura militar surge o embrião dessa entidade de forma clandestina (nesse período as pessoas de bem que queriam fazer política tinham que recorrer à clandestinidade) já lutando pelos professores. Tal sindicato é uma entidade classista, se a lei nos beneficia lutamos para mantê-la e fazê-la valer, se não for, ou não tiver legislação para o interesse dos trabalhadores, lutamos para que se faça a lei, nas ruas, na ação direta e na organização de toda a categoria.

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  3. Chega de Sindicato pelego, já passava da hora de um Sindicato favorável aos trabalhadores da educação viesse para este município,pedir ajuda a sindicato pelego é o mesmo que dá murro em ponta de faca,pra eles em tudo a prefeitura tem razão.Nós da educação estamos abandonados, pode até ser que a partir de agora eles esbossem alguma reação contra seus patrões...

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