quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Prefeitura corta salários de profissionais da educação, prejudica a reposição de conteúdos aos estudantes e mantém péssimas condições de ensino/aprendizagem nas escolas.


Em abril passado após as negativas do governo em atender as suas reivindicações, os servidores municipais resolveram em assembleia entrar em greve, tendo os profissionais da educação como vanguarda desse movimento.
Após 18 dias de luta, nas ruas, os servidores deliberam pela volta ao trabalho, sem avanços significativos em sua pauta de reivindicações.
Mesmo sem o julgamento da greve a prefeitura já faz o desconto do primeiro dia de greve no pagamento de abril. O desconto é revertido e a Secretaria de Educação elabora um acalendário de reposição sem nenhuma discussão com a categoria.
Em assembleia conjunta entre SEPE e Sinspmar, os profissionais da educação aprovam que a reposição da greve deverá ser feita levando-se em conta os conteúdos perdidos pelos nossos alunos, pois entendia que poucos compareceriam aos sábados e muito menos durante os jogos do Brasil na Copa do Mundo, como inicialmente a SECT havia derterminado. Entendíamos que a obrigação da reposição em dias era apenas uma forma de retaliação aos profissinais grevistas. Relatos de professores confirmam que em algumas aulas aos sábados aparecem 5 ou 6 alunos em um turno inteiro de aulas. Os outros ficam sem os conteúdos dessas disciplinas.
Se impondo aos interesses da comunidade escolar e punindo os profissionais, a prefeitura começa a efetuar descontos, inclusive daqueles que estão repondo os conteúdos com atividades extras, discutidas com a comunidade e registradas em Diário de Classe.
Reiteramos que a greve é um direito legítimo de todos os trabalhadores e que em Angra dos Reis é sacramentado pela Lei Orgânica Municipal, sendo por ela inclusive garantido o não desconto de salários.
Não entendemos o porquê de tamanha determinação no momento de descontar os salários dos servidores, ao mesmo tempo em que não vemos o mesmo empenho em resolver problemas que definitivamente impedem que a educação municipal tenha algum tipo de melhora.
Há quanto tempo esperamos um concurso público para suprir a carência de professores, zeladores, inspetores de alunos e outros profissionais vitais ao bom funcionamento da rede?
Qual o motivo da prefeitura preferir pagar a empresários para que a comida oferecida aos nossos alunos seja feita por profissionais terceirizados, extinguindo a função de merendeira na rede?
Porquê nossos alunos das séries iniciais ainda não contam com aulas de educação física, língua estrangeira, artes e educação musical, como em várias outras prefeituras?
Como a prefeitura na contramão das reivindicações democráticas, trava o processo de discussão de eleição para diretores de escolas pela comunidade escolar (pais, alunos e profissionais)?
Quando a prefeitura vai repor as aulas dos alunos prejudicados com falta de professores, falta d'água, violência nas escolas, queda de telhados, etc?
Quando a prefeitura vai climatizar as escolas, transformando as “saunas” em que acontecem as aulas, em ambientes propícios ao processo ensino/aprendizagem?
Na realidade não precisamos de punição. A rede municipal de ensino de Angra dos Reis precisa de soluções aos seus problemas crônicos e duradouros. Os profissionais da educação não são os bodes expiatórios do caos em que se encontra o ensino da rede municipal.

AJUDA DE CUSTO AOS COMPANHEIROS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DESCONTADOS EM VIRTUDE DA GREVE.


AJUDA DE CUSTO AOS COMPANHEIROS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DESCONTADOS EM VIRTUDE DA GREVE.

APROVAMOS EM NOSSA ASSEMBLEIA DO DIA 27 O APOIO FINANCEIRO AOS COMPANHEIROS QUE ESTÃO SOFRENDO DESCONTOS DOS DIAS EM QUE ESTIVEMOS EM GREVE NA CAMPANHA SALARIAL DESTE ANO.
PARA TANTO, PRECISAMOS QUE TODOS OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO RETALIADOS, NOS ENVIEM SEUS CONTRACHEQUES PARA QUE POSSAMOS FAZER O CADASTRO E ESTRUTURAR A FORMA DA AJUDA DE CUSTO QUE O SINDICATO PODERÁ ARCAR.
ESPERAMOS ASSIM MINIMIZAR O ATAQUE DESFERIDO PELA PREFEITURA CONTRA O DIREITO DE GREVE.