Estimada(o) professora(o) que por
hora ocupa o cargo de direção de escola,
Nós, trabalhadores e
trabalhadoras que paralisamos nossas atividades nos dias 16, 17 e 18 de abril de
2013 a fim de participarmos da campanha junto a Secretaria de Educação em prol
de melhorias na educação pública vimos por meio desta pedir sua sensibilidade em
saber discernir “ordens” dadas pela SEEDUC com relação ao código a ser aplicado
aos servidores (as) paralisados naqueles dias, não aplicando assim o código 30,
mas o código 61.
Esperamos que, como educador(a), sua
ação seja pautada na ética, na justiça e no sentimento de pertencimento à nossa
categoria profissional e não como meros instrumentos do governo que agem apenas
obedecendo ordens. Leve em consideração que seu cargo é
passageiro, mas suas ações perduram.
É sabido que os servidores que
participam da paralisação são os setores mais críticos da escola e que também
se mobilizarão contra qualquer arbitrariedade cometida pelo governo injustamente
contra a sua gestão da unidade escolar.
Essas atitudes ditatoriais do
governo - imputação do código 30 e multa ao sindicato de R$ 1.500.000,00 (um
milhão e meio de reais) - têm a clara pretensão de calar a voz da categoria e a
implantação do terror, característicos dos regimes ditatoriais, como o que
tivemos de conviver por tenebrosos 21 anos durante a ditadura militar.
Não contribua com sua ação para o
amordaçamento de nossas vozes dissonantes, essenciais à democracia. O que vem
ocorrendo em nosso estado é a tentativa de instauração de um governo de força,
truculência e intransigência. Não permita o retorno aos anos em que qualquer
manifestação popular era duramente reprimida.
Esperando atitude coerente de sua
parte, agradecemos desde já.
Angra dos Reis, 29 de
Abril de 2013
DIREÇÃO MUNICIPAL DE
ANGRA DOS REIS DO SEPE-RJ